terça-feira, 11 de maio de 2010

CLÍTORIS














Em toda sua inocência
Janela marítima para a tempestade e suas vagas.
Sol amendoado para o dardo e suas trombetas.
Lua crepuscular para o lascivo e suas vontades.
Carne impudica para o desejo e seus tumultos.
Concubina púbica para o macho e seus males.
Pimenteira fundida para a alcova e suas tigresas.
Harmonia vertical para o carnívoro e suas sucções.
Carimbada seminal para o criador e suas alucinações.
Jóia orgásmica para a flauta e seus dedos.
Plenitude existencial para a intimidade e seus ritos.
Oficina do amor para o martírio e suas brasas.
Coração espásmico para a ejaculação e seus beiços.
Flor-furor para o sádico e suas mordidas.
Moinho de delícias para a pistola e seus disparos.
Margarida erótica para o libidinoso e seus fervores.
Nicho enigmático para a pancada e seus raios.
Carpa de adoração para o talo e suas quermesses.
Botão de ligação para o priapo e seus engasgamentos.
Rosa de beijos para o adorador e seus puros.
Vulva louca para o desassossegado e suas dilecções.
Concha sedutora para o precioso e seus hímenes.
Escudo de delírio para o rouxinol e seus caprichos.
Borla de abrasamento para a fantasia e seus laços.
Bandolim de calor para a seta e suas intrigas.
Morango diluviano para o delirium tremens.
Ninho cultural para o marquês e suas ligações.
Gaveta de erecção para a espineta e suas paixões.
Feixe de feitiço para a adaga e seus toques.
Tesouro febril para o falo e seus incêndios.
Cetro da chama para a cerimônia e seus frenesis. (Brisa e Masterr_kenn)

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